Capítulo 13 - 4 temporada - I can't live without your love - Liam

"ela se chama... se chama.... se chama SeuNome"

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...Eu: entendi. - na verdade não, mas deixei quieto. - ansioso pra passar o final de semana na casa de praia?
Ele: muito, bastante, como nunca estive.

                   Não entendi novamente, o Liam está falando em códigos é isso? Acho que ele me esqueceu de falar esses códigos, estou totalmente perdida...
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                    O Liam dirigia quieto, não falava nada, o caminho parecia longo, ele não dava nenhuma palavra, o clima parecia tenso, só não sei o porquê. Encostei minha cabeça no vidro do carro e vi o mundo se passando em minha frente em questão de segundos. Queria tanto me lembrar do passado. Sei que me ajudaram, mas quero me lembrar dos detalhes, daquilo que senti no momento, isso só quem pode saber sou eu, mas infelizmente estou sem rumo, apenas acreditando no que me falam, não estou dizendo que acho mentira, mas sinto algo errado, alguma peça que está no lugar errado, ocupando a peça que deveria estar no lugar certo e não está.                

                    O Liam, as vezes percebia seu olhar se encontrar comigo, eu não o olhava, mas sentia seu olhar em mim assim que o sinal ficava vermelho, que durava alguns segundos... Queria saber mais sobre ele, sobre o Liam, sei tão pouco sobre ele. Na verdade não sei praticamente de nada, sentia que devia conhecê-lo melhor, sentia que precisava saber sobre sua vida...

Eu: Liam... - falei desencostando a cabeça do vidro do carro e o olhando, que dirigia concentrado, as vezes acelerava. -
Ele: eu.
Eu: me conta de você. - fiquei de lado no banco, olhando pra ele que me deu uma rápida olhada onde pude ver seus lindos olhos castanhos e logo voltou a prestar atenção na pista. -
Ele: o que quer saber sobre mim?
Eu: tudo, afinal você praticamente sabe tudo sobre minha vida.
Ele: então você está em desvantagem...
Eu: exato.
Ele: quer que eu comece por onde?
Eu: pelo começo seria ótimo. - ele riu e acabei rindo também. -
Ele: ta bom. - falou trocando de marcha. - sou o Liam, tenho 19 anos... - o interrompi. -
Eu: não quero saber isso.
Ele: então o que quer saber?
Eu: se você realmente ama a Danielle. - parecia não ter controle sobre minhas palavras, não acredito que perguntei isso, nossa como sou invasiva! mas agora vou até o fim. Assim que perguntei isso ele me olhou sério e voltou a olhar a pista. -
Ele: por que está perguntando isso?
Eu: porque não vejo felicidade em seus olhos.
Ele: e o que vê? - falou parando o carro no sinal vermelho e me olhando. -
Eu: vejo que você sofre, seus olhos transbordam tristeza.
Ele: se eu te falar que vou casar com uma mulher que não amo você acredita?
Eu: por que está se casando se não a ama?
Ele: nem eu sei, mas então? você acredita que vou casar sem amor?
Eu: acredito.
Ele: por que? - se aproximou de mim, senti meu coração acelerar, mas por quê? -
Eu: porque está nos seus olhos. - e quando senti seu toque em meu rosto e um arrepio por inteiro me invadir o sinal abriu. - Liam, o sinal abriu. -
Ele: você está certa. - falou dando partida, trocando de marcha rapidamente. -
Eu: estou certa? - não entendi. -
Ele: estou triste.
Eu: ponto pra mim. - ele acabou sorrindo. -
Ele: é, você acertou.
Eu: ainda não sei o porquê da sua tristeza, você pareceu tão atencioso comigo no hospital, me conta o que te deixa triste.
Ele: uma garota. - sua voz saiu num meio sussurro, mas pude ouvir. -
Eu: que não é a Danielle, certo?
Ele: certíssima.
Eu: o que ela te fez?
Ele: ela não.O que eu não fiz.
Eu: como assim? - fiquei ainda mais confusa. -
Ele: não estive com ela nos momentos que mais precisou, eu devia ter sacado que tudo era uma armação, eu devia ter perdoado ela quando descobri a verdade, mas não eu acabei piorando tudo. - falava apertando suas mãos mais ao volante, colocando o pé no acelerador com mais intensidade. -
Eu: não fica se culpando, por que não fala que está arrependido?
Ele: porque ela está com outro, ela pensa que esse outro a ama, mas não, ele não a ama, quem a ama de verdade sou eu, eu sempre a amei e vou amar pra sempre.
Eu: então ela é muito cega se não percebeu que você é o cara certo.
Ele: ou perdeu a memória.
Eu: como?
Ele: ela sofreu um acidente a uma semana atrás. - ele parou o carro num encostamento, tirou seu sinto, ficou me encarando sério e se aproximando aos poucos, meu coração novamente acelerou, o que esse garoto tem que faz meu coração sair do seu ritmo normal? Seus olhos estavam marejados. -
Eu: continua. - estava interessada na história, parecia muito com a.... deixa pra lá. -
Ele: essa garota chegou no hospital desacordada, eu parecia um louco esperando por alguma notícia dela. - senti sua mão tocar em meu rosto, pensei em não permitir, em tirar com minha mão, mas a mesma parecia não ter força pra isso, o que está acontecendo? - desesperado é a palavra certa, eu estava esperando por ela ali, contava as horas, os minutos, os segundos e até os milésimos. - senti sua testa colar com a minha, um choque me invadiu, seus olhos não paravam de encarar os meus, estava prestes a beijá-lo, até que pensei em fazer algo, mas parecia que meu corpo não estava em meu comando e sim ao dele, seguindo cada regra que ele ditava. -
Eu: e o que aconteceu? Ela ficou boa? - estava querendo ver onde isso ia parar, queria saber quem era essa garota e o desfecho da história. -
Ele: Ficou, não só ela como o meu filho também que ela carrega na barriga. - seus dedos acariciavam meu rosto, sua voz ecoava em minha mente, a voz que tanto me confortava. -
Eu: filho? - fiquei surpresa, aquela história se parecia muito com a minha, deve ser coincidência. -
Ele: um filho, o médico permitiu que eu visse os dois e assim eu fui ver.
Eu: como ela estava?
Ele: linda, dormindo feito um anjo, a toquei por inteiro. - sentia sua voz sair sussurrada assim como a minha. Eu tinha acabado de fechar meus olhos, não sei porquê senti isso, mas parecia que algo me mandava fazer isso, algo me dizia que os do Liam também estavam fechados. Senti o toque de seu nariz com o meu. - Pedi perdão a ela, mesmo que ainda estivesse dormindo, falei que queria formar uma família com ela, logo ela se acordou.
Eu: e?
Ele: e ela não me reconhecia mais, acabou acreditando em outro cara por culpa mais minha, acabei a perdendo de vez. - senti seus lábios se relarem com os meus, não tinha mais controle sobre o meu corpo, disso eu tenho certeza, eu estava completamente cedida à ele, mas por quê? -
Eu: qual o nome dessa garota que você ama tanto.
Ele: ela se chama.... se chama... - ele fez uma pausa, senti sua respiração quente, senti o cheiro de seu doce perfume, sentia sua mão ir em minha nuca. -
Eu: ela se chama...? - o incentivei a continuar. -
Ele: ela se chama... se chama.... se chama SeuNome.
Eu: nossa, igual o meu nome.
Ele: não.
Eu: como não? Não é esse o nome da garota? - falávamos ainda próximos, ainda colados, sentindo um o outro. -
Ele: ela se chama SeuNome, mas não é que seja igual ao seu, é que a garota que amo, que vai ter um filho meu é você SeuNome, você é pessoa que amo e que sempre irei amar.

              Acabei por abrir meus olhos e me separar um pouco, com um pouco de forças que eu tinha. Era eu? a garota que ele ama? Era eu a garota que com ele fez um pacto? Era eu a mãe de seu filho? Era eu a garota que o amava? Era eu?

               Vis seus lindos olhos se abrindo, ele ainda tocava em minha nuca, não falávamos nada, apenas nos aproximávamos novamente, senti sua outra mão tirando meu sinto, me deixando mais a vontade pra me aproximar de seu corpo e ficar contra o mesmo. O que está acontecendo comigo? Aos poucos fomos recuperando cada toque que à alguns segundos atrás tinham se destruído por mim. Sua testa colada a minha, seu nariz tocando o meu, seus lábios se relando nos meus, meu coração acelerando sem eu saber o motivo, minhas mão suando frio. Senti finalmente seus lábios encontrarem os meus, dessa vez definitivamente, num perfeito encaixe, num perfeito selinho, sentia borboletas no meu estômago, ele pedia passagem pra aprofundar o beijo e involuntariamente cedi. Senti sua mão que estava em minha nunca se encontrar com a outra que estava em minha cintura. Minhas mãos agora estavam em sua nunca, as vezes tocava em seus poucos cabelos. Sua língua explorava cada canto da minha boca, não deixava escapar nada. O beijo era intenso, mas ao mesmo tempo delicado, era um beijo quente... não sabia o que estava fazendo, apenas sabia que o meu corpo não estava mais me obedecendo...

Continua...
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